Hoje, 23 de julho, é uma data muito especial para quem gosta de automóvel e de seu desenvolvimento.
Dentro da relativamente longa história do veículo automotor – que registra oficialmente 125 anos, alguns modelos fizeram a diferença e foram capazes de mudar o seu rumo. Facilmente podemos citar o Ford modelo T, o VW Sedan/Fusca e o nosso velho e conhecido Jeep, dentre outros.
Se estreitarmos o foco para veículos com tração 4x4 ou militares, o principal ícone dessa narrativa é, indiscutivelmente, o Jeep, independente de sua versão, tipo ou modelo. Um carro diferente para os padrões de sua época de criação, mas que empolgou – e ainda empolga, a todos que tiveram contato com ele e seus descendentes.
Porém, toda a lenda tem sua magia, e a do Jeep não foge a essa regra.
No melhor estilo Rei Arthur ou São Jorge, sua data de nascimento é nebulosa, confusa e imprecisa, cheia de histórias e contos transmitidos de geração a geração, com provas que ora confirmam a sua existência ou, ainda, com uma nova e emocionante versão desta, que consolidam a personalidade de um verdadeiro mito.
Nem a origem do nome "Jeep" é precisa (imagine ainda como é o seu DNA, que vem de ancestrais com alcunha estranha, tais como Quad, Pigmy ou Bantam, sem falar nos Dana, Spicer ou Continental...).
Mas, voltando à realidade dos fatos e à época de seu nascimento, havia uma enorme quantidade de protótipos de larga escala e uma verdadeira “briga” entre Bantam, Willys e Ford, sobre a sua paternidade. Com tudo isso, fica difícil dizer quando realmente nasceu o primeiro “Jeep de verdade” (os MA’s e Quad’s podem ser considerados ancestrais pré-históricos, e os GPW só em 1942...).
Após uma pequena pesquisa, entendemos que uma data poderia ser identificada como a de sua “certidão de nascimento”, que seria então a de 23 de julho de 1941.
Nessa data, o Corpo de Intendência do Exército dos EUA concedeu a Willys-Overland Motors Inc. o contrato para fabricação do Jeep, com um pedido inicial de 16.000 veículos. A partir daí, os Willys MB começaram a ser produzidos em série, e o resto da história todos nós conhecemos.
Passados 70 anos, amanhã é 23 de julho. Longe de querer criar uma data comemorativa, dia mundial ou coisa do gênero, o Jeep Clube do Brasil convida você para uma reflexão sobre aqueles tempos (o contexto do mundo de então e as necessidades da época), a importância do Jeep no desenvolvimento econômico do pós-guerra, chegando até a atualidade, com todas as preocupações ambientais e os desafios relacionados com a sustentabilidade de nossa atividade – seja ela de preservação das velhas viaturas ou da prática do que hoje conhecemos como off-road.
Obviamente, a melhor forma de fazer essa reflexão é tirar o seu Jeep da garagem, independente do tipo ou modelo. Rode com ele alguns quilômetros, encontre seus amigos, faça novos amigos, conte sua história...
Afinal, Jeep só existe um.
Fonte: Jeep Clube do Brasil - 30 anos
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