Quando eu era pequeno sentia um frio na barriga quando ouvia meu pai dizia “quero falar com você”.
Já sabia que tinha cometido alguma falha, algo que o contrariava, algum problema que criei ou em alguma confusão que me envolvi... Quase sempre a conversa acabava em uma surra.
A autoridade de “pai” ou “mãe” era Lei, tudo era controlado por eles e como queriam, eles tinham o direito de forçar obediência de seu filho em tudo.
Guardei isso na memória e, ainda hoje, quando alguém me chama para conversar, a sensação é idêntica.
Mesmo consciente de minhas atitudes nem sempre controlo minhas reações e muitas dessas pessoas não entendem.
Aprendi logo cedo a não deixar compromissos pendentes, a ser ético, praticar as normas morais, respeitar o próximo...
Posso ouvir, sem ressentimentos, as pessoas falarem o que devo ou não fazer, a criticar minhas atitudes. Confesso que é difícil aceitar criticas de meu comportamento, assim como também não é fácil dizer (principalmente para as pessoas que amo) aquilo que desejo ou penso delas.
Hoje observo minha filha e pessoas próximas, que elas não estão nem aí para a com figuras de autoridade (pais, professores, chefes, etc.). Nos dias de hoje tudo é muito diferente, somos pessoas mais independentes, livres, inclusive, na forma de se portar, de se vestir, de conversar e de manter relacionamentos, sem se preocupar com a felicidade, com suas tarefas, suas obrigações, com seus relacionamentos, com suas amizades.
Sei que não devo generalizar. Acredito que para ter o amor das pessoas e viver uma relação harmoniosa é necessário considerar e aceitar as mudanças, as transformações e o comportamento das pessoas. Ao longo do tempo, tudo sofre transformação e não é diferente com as pessoas. Pessoas também mudam.
Através do Yoga, estou desenvolvendo, uma maneira sutil de me colocar diante dessas situações e de aceitar críticas ao meu jeito de ser, ao meu trabalho, ao meu comportamento...
Muitas coisas aconteceram na minha vida (e continuarão a acontecer) e felizmente tenho claro em minha mente que devo utilizar desses acontecimentos como um aprendizado, uma lição. Cabe a mim a responsabilidade de continuar crescendo, com os desafios e obstáculos que a vida me impõe, buscando sempre a minha felicidade.
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