sábado, 23 de abril de 2011

Compreendendo

Quando eu era pequeno sentia um frio na barriga quando ouvia meu pai dizia “quero falar com você”.

Já sabia que tinha cometido alguma falha, algo que o contrariava, algum problema que criei ou em alguma confusão que me envolvi... Quase sempre a conversa acabava em uma surra.
A autoridade de “pai” ou “mãe” era Lei, tudo era controlado por eles e como queriam, eles tinham o direito de forçar obediência de seu filho em tudo.

Guardei isso na memória e, ainda hoje, quando alguém me chama para conversar, a sensação é idêntica.

Mesmo consciente de minhas atitudes nem sempre controlo minhas reações e muitas dessas pessoas não entendem.

Aprendi logo cedo a não deixar compromissos pendentes, a ser ético, praticar as normas morais, respeitar o próximo...

Posso ouvir, sem ressentimentos, as pessoas falarem o que devo ou não fazer, a criticar minhas atitudes. Confesso que é difícil aceitar criticas de meu comportamento, assim como também não é fácil dizer (principalmente para as pessoas que amo) aquilo que desejo ou penso delas.

Hoje observo minha filha e pessoas próximas, que elas não estão nem aí para a com figuras de autoridade (pais, professores, chefes, etc.).  Nos dias de hoje tudo é muito diferente, somos pessoas mais independentes, livres, inclusive, na forma de se portar, de se vestir, de conversar e de manter relacionamentos, sem se preocupar com a felicidade, com suas tarefas, suas obrigações, com seus relacionamentos, com suas amizades.

Sei que não devo generalizar. Acredito que para ter o amor das pessoas e viver uma relação harmoniosa é necessário considerar e aceitar as mudanças, as transformações e o comportamento das pessoas.  Ao longo do tempo, tudo sofre transformação e não é diferente com as pessoas. Pessoas também mudam.

Através do Yoga, estou desenvolvendo, uma maneira sutil de me colocar diante dessas situações e de aceitar críticas ao meu jeito de ser, ao meu trabalho, ao meu comportamento... 

Muitas coisas aconteceram na minha vida (e continuarão a acontecer) e felizmente tenho claro em minha mente que devo utilizar desses acontecimentos como um aprendizado, uma lição. Cabe a mim a responsabilidade de continuar crescendo, com os desafios e obstáculos que a vida me impõe, buscando sempre a minha felicidade. 

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